Múltiplas vulnerabilidades graves foram detectadas nos últimos Testes Públicos de Segurança da urna eletrônica brasileira. Quando combinadas, comprometeram sigilo do voto e integridade do software, as principais propriedades de segurança do sistema. O armazenamento inseguro de chaves criptográficas, inseridas diretamente no código-fonte e compartilhadas entre todas as urnas, permitiu inspeção das mídias de instalação de software, em que duas bibliotecas compartilhadas sem assinaturas foram encontradas. A injeção de código nessas bibliotecas abriu a possibilidade de ter total controle sobre a urna. Até onde sabemos, esta foi a exploração mais profunda de um sistema de votação utilizado em larga escala realizada durante testes severamente restritos.